Existem poucas fontes confiáveis sobre a história do Museu de Arte Pantaneira “Manoel Antônio de Barros”, localizado em Aquidauana (MS). No entanto, uma das fontes que esclarece muitos fatos é o trabalho de conclusão de curso da historiadora Reni Cicalise, com o nome, “O Museu de Arte Pantaneira Manoel Antônio Paes de Barros enquanto instrumento de resgate e preservação da cultura material pantaneira e as representações estéticas da cultura regional”. O trabalho foi concluído em 2006, durante o Curso de Especialização em História Regional da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e traz informações valiosos sobre a história do museu.
Um dos pontos controversos da história do Museu, é o nome que recebeu. Talvez, só parte da população de Aquidauana sabe que ele já teve outro nome, em homenagem a outra personalidade da cidade. Para explicar o que aconteceu vamos começar pelo início da história. O Museu de Arte Pantaneira Manoel Antônio Paes de Barros está localizado na rua Candido Mariano nº 462, no centro do município de Aquidauana/MS. O edifício, construído em 1918 pelo fachadista Nicola Cicalise, inicialmente servia como residência de Manoel Antônio Paes de Barros (1855-1939), um dos fundadores do município.
A ideia de transformar a casa de Manoel Antônio Paes de Barros em um museu e biblioteca municipal surgiu com sua esposa, Dona Virgínia. Documentalmente, o museu foi criado em 1948, conforme estabelecido pela Lei Nº 41/1948. Em 1949, a casa foi adquirida pela prefeitura de Aquidauana por cem mil cruzeiros, como autorizado pela Lei Nº 054/1949.
Em 1999, durante a gestão do prefeito Raul Freixes, o museu foi efetivamente estabelecido, após a restauração da casa e a colaboração da historiadora Reni Cicalise e da artista visual Rosilene de Oliveira Rosa.
Na gestão seguinte, do prefeito Luiz Felippe Orro (2002) o nome do Museu foi modificado para “Museu de Arte Pantaneira – Rubens Corrêa”. Aquidauanense, Rubens Corrêa foi um ator e diretor de teatro brasileiro, conhecido nacionalmente por suas obras tanto no teatro, como na TV e no cinema. Atuou nas novelas: Partido Alto, Kananga do Japão, Pantanal e Guerra sem Fim, entre outras. O ator faleceu em 1996, vítima de complicações de saúde decorrentes da AIDS.
No entanto, após um pedido da família de Manoel Antônio Paes de Barros, o nome original foi restaurado em 2002, oficialmente denominando-o, “Museu de Arte Pantaneira ‘Manoel Antônio Paes de Barros’ – Centro Referencial de Cultura, Arte e Turismo de Aquidauana – MS.”
O museu desempenha um papel fundamental na preservação da cultura local, abrigando um rico acervo que inclui objetos da Guerra do Paraguai, registros históricos da cidade e região, arte indígena e exposições de artistas regionais.